Polícia vai a condomínio por causa de festa com aglomeração e vizinhos brigam
A noite de domingo (6) para segunda-feira (7) no condomínio de luxo Malawi, localizado na praia de Muro Alto, em Ipojuca, (PE), foi marcada por tumulto, correria e uma confusão entre vizinhos.
Um dos moradores teria acionado a Polícia Militar (PM) e a Guarda Municipal para dispersar uma festa com aglomeração de jovens que estava acontecendo no local.
A chegada da polícia gerou correria e tumulto entre os presentes e as imagens viralizaram nas redes sociais. Só que um outro condômino não gostou da situação e foi reclamar com o vizinho responsável pela denúncia. Ambos brigaram e a Polícia Civil investiga o caso.
Em nota oficial, a Secretaria de Defesa Social (SDS) conta que “o 18º Batalhão de Polícia Militar foi acionado e, juntamente com a Guarda Municipal, atuou na dispersão. Ao notarem a presença dos agentes de segurança, várias pessoas saíram correndo em diversas direções. Os PMs mantiveram-se presentes na localidade até a normalização do movimento”.
A SDS também diz que a Polícia Civil “está investigando a briga entre pessoas no condomínio. Um dos homens envolvidos nas agressões físicas teria reclamado com um vizinho, responsável por acionar a polícia para dar fim à aglomeração, iniciando uma discussão”.
Outro ponto que motivou a ida das autoridades ao condomínio foi o relato de que, nesta festa, teria ocorrido uso de drogas e uma invasão de adolescentes ao condomínio.
“Nosso Centro de Monitoramento foi acionado porque disseram isso. Chegando a Guarda Municipal e a PM no local, jovens que não eram condôminos saíram correndo. Nada de ilícito também foi encontrado por lá”, conta Osvaldo Morais, secretário de Defesa Social de Ipojuca.
Oficialmente, o condomínio Malawi só irá se pronunciar sobre o assunto nesta quarta-feira (9), por meio de nota oficial. Mas o Diario conversou com o conselheiro administrativo do local, Alexandre Muniz, que alega que o caso ganhou um tamanho maior do que realmente foi: “O condomínio tem seis anos e, nesse tempo todo, não teve nada parecido”.
“Houve uma aglomeração, até porque o condomínio tem uma área muito grande à beira-mar. Mas aí chegou a informação de que tinham jovens, do lado de fora, forçando a entrada para o condomínio. E um dos condôminos chamou a polícia. A PM entrou e esses jovens que estavam lá se assustaram e saíram correndo, achando que era alguma coisa. Foi uma gritaria desnecessária que acabou ganhando uma dimensão imensa”, relata.
“Os PMs entraram, verificaram o perímetro, viram que não tinha nada demais, não identificaram nenhum ilícito, e foram embora. Eu estava presente, inclusive, e vi que tudo foi contido tranquilamente. Não teve spray de pimenta, agressão, brutalidade. Agora, claro, assusta ver dez policiais entrando armados, como se aqui dentro tivesse um monte de bandido. Foi desnecessário”, acrescenta, ressaltando que a maioria dos moradores teria discordado da atitude de quem chamou a polícia.
Balanço
Ainda na nota enviada à reportagem, a SDS esclarece que “têm reforçado a fiscalização em feriados e fins de semana, a fim de coibir o descumprimento dos decretos sanitários de prevenção à Covid-19, inclusive nas praias do Litoral Sul”.
Desde março, quando começou a pandemia, o Centro Integrado de Comando e Controle Regional da SDS (CICCR) recebeu mais de 90 mil denúncias por descumprimento das medidas sanitárias de prevenção
“Além disso, mais de 1.100 pessoas foram conduzidas a delegacias de todo o Estado por descumprirem essas determinações. Entre as infrações, registraram-se funcionamento irregular de comércio, bares e restaurantes; aglomeração de pessoas; eventos clandestinos; áreas de lazer e templos que desrespeitaram as normas”, prossegue o texto.
“É importante ressaltar que a população pode e deve denunciar aglomerações e funcionamento irregular de estabelecimentos. É possível acionar o telefone 190 da SDS, o Procon (3181-7000) ou os órgãos de controle urbano de seus próprios municípios. Os agentes públicos estão fazendo sua parte e contam com a colaboração da população. Além de poder denunciar, os cidadãos têm o dever de cumprir as recomendações do poder público para evitar a disseminação da doença”, finaliza a nota da SDS.
Fonte: https://www.diariodepernambuco.com.br