Um porteiro que já participou de treinamento e capacitação comigo mandou e-mail esta semana dizendo estar tremendamente chateado com o que ocorreu com ele durante o serviço. Contou que uma moradora telefonou para a guarita dizendo que uma visita chegaria ao prédio com um veículo Gol de cor cinza e que já tinha combinado para a pessoa piscar o farol por duas vezes para que a portaria liberasse a entrada da garagem.
O colaborador comentou educadamente que não poderia atender tal pedido, pois esse tipo de procedimento não era previsto no regimento interno e explicou para a moradora avisar o visitante para estacionar o auto na rua e dirigir-se até a guarita para realizar o cadastramento mediante apresentação de documento público com foto, ou seja CNH ou RG.
Veja o comentário do porteiro após informar a solicitante sobre as regras do condomínio:
“Ave Maria, o mundo desabou sobre minha cabeça por conta da recusa do pedido de abertura do portão da garagem. Aí ela ligou para o síndico e ele autorizou o tal procedimento. Assim fica difícil trabalhar”.
E ao final, ele fez o seguinte desabafo:
“Nós porteiros tentamos de tudo para dificultar as invasões a condomínios, mas não é fácil. É uma luta árdua; somos taxados como burocráticos e que queremos mandar no apartamento do morador quando dizemos não a pedidos não previstos”.