Ação integrada acontece após uma investigação de julho, quando a Delegacia de Repressão a Entorpecentes encontrar empreendimentos no Parque União construídos de forma ilegal
Ao todo, o condomínio tem mais de 40 construções irregulares, algumas com até seis andares. No entanto, como 90% delas continuam em fase de alvenaria, estão desocupadas. Além das moradias, havia espaços para lojas, bares, fábrica de bolo e um espaço comunitário para eventos. Eles foram erguidos sem nenhuma autorização da Prefeitura e não possuem assinatura de um responsável técnico.
Durante a demolição, os agentes se depararam com duas coberturas luxuosas. Só a demolição delas, segundo a Seop, resultará em prejuízo de R$ 5 milhões aos construtores. Ambas têm cozinha gourmet, piscina e até área para bronzeamento. Parte da parede e das bancadas da cozinha, por exemplo, são em porcelanato preto, a pia é “invisível”, as janelas de vidro (estilo blindex) e a churrasqueira é embutida. A piscina tem até queda d’água e dezenas de espreguiçadeiras ao redor.
As investigações revelaram que o condomínio começou a ser construído em 2017, mas só este ano a DRE teve conhecimento. As unidades eram vendidas por valores entre R$ 45 mil e R$ 80 mil, e o aluguel era de cerca de R$ 1.200 mensais.
Em nota, a Secretaria Municipal de Educação informou que 22 escolas foram impactadas pela operação no Complexo da Maré. Já a Secretaria de Estado de Educação estima que 900 estudantes do turno da manhã sejam afetados, já que duas escolas foram fechadas.
Fonte: https://extra.globo.com/