A empresa de engenharia DEEP está desenvolvendo um sistema de habitação subaquática. A previsão é que, em 3 de novembro de 2026, seis módulos tripulados sejam enviados ao fundo do oceano. Os integrantes da missão farão uma experiência no habitat Sentinel, desenvolvido pela empresa.
O sistema permite que humanos vivam em profundidades máximas de 200m durante até 28 dias seguidos. O dispositivo será fabricado com o mesmo material de foguetes, com aço impresso em 3D e revestimento à base de níquel-cromo.
Estrutura da base subaquática
O projeto de expedição para o fundo do mar possui seis módulos configuráveis que integram o sistema Sentinel, cada um com sua função — dormitórios, refeitórios e laboratórios. Com vida útil de até 20 anos, a DEEP afirma que os módulos podem ser instalados em diferentes locais do mundo e são resistentes à pressão e atmosfera ambientes.
“É uma maneira mais eficiente de operar. Além disso, se você colocá-los a 200 metros, poderá usá-los como base operacional avançada”, comentou à BBC o chefe de treinamento e desempenho humano da DEEP, Rob Colley. Além disso, a companhia se compromete a realizar uma gestão de resíduos de circuito fechado, considerando o impacto ambiental.
No fim de novembro, a empresa divulgou que dois submarinos mergulharam no DEEP Campus, um espaço para testes no condado inglês de Gloucestershire. O espaço possui 80m de profundidade e está disponível para outras companhias que desejem explorar o oceano e realizar experiências do mesmo tipo.
Bill Todd, que trabalhou como gerente de projetos de exploração para a NASA por mais de 25 anos, visitou as instalações da empresa. Segundo o Twitter da DEEP, Bill assegurou que a companhia é a mais avançada no setor de exploração aquática.
Investimentos em ‘economia azul’
Em entrevista à Forbes, o presidente da divisão das Américas da DEEP, Sean Wolpert, falou sobre a importância de investir na economia azul. Esse setor se refere à exploração e preservação de ambientes marinhos. Para ele, o objetivo principal é a “expansão do conhecimento coletivo da humanidade sobre o oceano”.
“Não estamos focados no mercado turístico nem em fazer hotéis subaquáticos. Estamos interessados em construir sistemas que possam promover a pesquisa e a compreensão científica”, contou Wolpert.
Fonte: https://www.megacurioso.com.br/