Quando nos deparamos com alguma emergência em um edifício, nossa primeira reação é chegar ao andar térreo o mais rápido possível. Em meio ao nervosismo, a tendência é procurar pelos elevadores. Entretanto, esta nem sempre será a melhor opção. Confira dicas importantes que podem ajudar a lidar com algumas situações de forma segura.
Em casos de incêndio, por exemplo, as chamas podem causar curto-circuito no sistema elétrico do edifício, fazendo com que a energia fique comprometida. Além disso, a primeira ação do Corpo de Bombeiros é o corte da energia elétrica para que não haja risco de explosão. Neste contexto, caso alguém opte por utilizar o elevador para fugir das chamas, o equipamento poderá parar entre os andares e o passageiro ficar retido na cabina. Portanto, é muito importante manter a calma, seguir as rotas de fuga e utilizar as escadas.
Outro momento de atenção, deve ser durante o período de fortes chuvas, principalmente quando há risco de alagamento. Em uma situação de possível inundação na garagem do edifício, o melhor é prevenir e evitar os elevadores, inclusive em casos de pequenas infiltrações de água. Durante as chuvas, o responsável pelo condomínio deve direcionar os elevadores para os andares mais altos a fim de evitar que a água entre na cabina, e desligar os equipamentos na chave geral para não comprometer os componentes elétricos e eletrônicos. Caso o elevador ou o poço sejam afetados por água, é necessário que o síndico ou responsável acione um técnico de manutenção devidamente treinado para avaliação dos equipamentos antes de voltar a utilizá-los.
Já em casos de queda ou oscilação de energia, o ideal é que os elevadores sejam desligados e os passageiros utilizem as escadas até que a energia seja totalmente restabelecida. A oscilação de energia pode causar danos elétricos nos painéis dos elevadores e, caso o prédio não tenha gerador, aumentam as chances de algum passageiro ficar retido.
Vale lembrar que alguns usuários dos elevadores merecem uma atenção especial, pois não têm condições de antever riscos e até mesmo tomar uma atitude caso algo venha a ocorrer: é o caso de crianças e pets.
Crianças menores de 12 anos não devem andar sozinhas em elevadores, mas sempre na presença e com a supervisão de um adulto. Entre os pequenos, é tentador apertar vários botões, pular na cabina, tentar impedir que a porta feche e brincar com o interfone. Aparentemente inofensivas, essas atitudes podem danificar o equipamento, causar sua parada com a retenção dos passageiros na cabina e, até mesmo, um acidente. A importância de supervisionar as crianças vale também na hora de entrar e sair do elevador. Mochilas, lancheiras e brinquedos podem ficar presos à porta e, ao tentar ‘resgatá-los’ alguém pode se ferir.
Para garantir a segurança dos pets, prefira carregá-los no colo ao entrar ou sair do elevador, se o animal for de pequeno porte. Já se o bichinho de estimação for de médio ou grande portes e carregá-lo não for viável, utilize guia e coleira adequadas – alguns condomínios solicitam também o uso de focinheiras – e mantenha o animal bem próximo ao seu corpo ao entrar e sair do elevador e durante a viagem. Isso porque, por conta da espessura, guias e coleiras podem não ser detectadas pelo sensor de presença da porta do equipamento. Além disso, não deixe a coleira solta para que não fique presa à porta no momento que porta fechar.
Dicas simples como estas auxiliam no transporte seguro de crianças e pets nos elevadores, tornando as viagens confortáveis para todos, além de evitar conflitos que podem desgastar a relação com seus vizinhos.
Estas são algumas orientações importantes para garantir a segurança dos passageiros e correto funcionamento dos equipamentos. Apesar do elevador ser um meio de transporte extremamente seguro, o segredo está na prevenção e na boa utilização.
*Fabricio Pires Coscia, gerente executivo de Segurança do Colaborador e do Produto na Elevadores Atlas Schindler