O leitor acha correto entregador deixar mercadoria de morador na clausura de pedestres? A foto abaixo bem demonstra o tema deste artigo.
As compras pela internet e delivery, que já vinham em forte expansão, foram turbinadas em virtude da pandemia. Em condomínios, cenas caóticas na entrada das portarias de pedestres passaram a ser fato comum. Entregas empilhadas no chão da clausura ou apoiadas em banqueta adaptada se tornaram frequentes em prédios de São Paulo.
Alguns administradores acham melhor colocar todos os recebíveis dentro da guarita, que, geralmente, já tem espaço diminuto. Aí piora e muito, pois a porta da portaria passa a ficar aberta boa parte do tempo e o entra e sai é grande, abrindo brecha para o famigerado arrastão promovido por quadrilhas especializadas.
A solução caseira e sem nenhum tipo de sistematização e segurança, passou a ser adotada, e é claro que os problemas começaram a surgir, trazendo dor de cabeça para moradores, síndicos e porteiros.
Em nosso trabalho de pesquisa, descobrimos vários problemas nesse sentido, que passo a expor:
-motoboy entra na clausura para fazer entrega de pizza e acaba subtraindo encomenda de morador que estava largada no chão;
-em um condomínio na rua Pamplona/SP, um marginal usando um espeto de churrasco conseguiu da calçada fisgar um pequeno embrulho que estava apoiado em banqueta na clausura. Continha um celular avaliado em 8 mil reais que havia sido adquirido por morador. O marginal foi tão rápido que o porteiro não teve tempo de impedir a subtração;
-tive ainda notícias de extravio de mercadoria deixada na clausura, ou seja, morador ou empregado doméstico acaba pegando embrulho errado.
-outro problema são mercadorias danificadas pelas fortes chuvas do início do ano, pois as clausuras de pedestres não têm proteção lateral;
Portanto, para evitar incentivo à ação de criminosos, fica a dica de não proporcionar “gambiarra” na frente do condomínio. Porque se der chance, se oferecer oportunidade, vai acontecer o pior.
É só uma questão de tempo”.
A proatividade consiste na responsabilidade de agir, antes que o pior aconteça.
E lembre-se que tudo que pode ser previsto, pode ser evitado.
O problema é que a raiz brasileira, quando o assunto é segurança, a reatividade é o carro chefe.
Ou seja, toma-se alguma atitude, somente quando o pior acontece.