Segundo MP, vítima foi salva por dispositivo de segurança que impediu a queda. Raul Ferreira Pelegrin foi denunciado por homicídio tentado.
Segundo o Ministério Público do Paraná (MP-PR), a vítima fazia a limpeza, no 6º andar do edifício, preso por uma corda que estava amarrada no telhado do prédio. Durante o trabalho, o suspeito, que mora na cobertura do edifício, no 27º andar, cortou a corda com uma faca.
Conforme o MP-PR, a vítima só não despencou por conta de um dispositivo de segurança que impediu a queda. O caso aconteceu no bairro Água Verde.
O g1 tenta contato com a defesa de Pelegrin.
A situação aconteceu em 14 de março, mas foi divulgada na segunda-feira (24) pelo MP, que denunciou o homem por homicídio tentado. A Justiça pode, ou não, aceitar a denúncia. O suspeito teve a prisão preventiva decretada e, portanto, não há previsão para deixar a cadeia.
Investigação
Após o corte, a polícia foi acionada. No local, os agentes precisaram arrombar a porta de um dos quartos do apartamento, onde Pelegrin foi encontrado e reconhecido pela vítima.
Na sacada do apartamento, de acordo com o MP, os policiais encontraram a faca usada no crime e um pedaço da corda cortada.
O MP informou que o motivo para o crime ainda é desconhecido.
Durante o interrogatório policial, o agora denunciado ficou permaneceu em silêncio e “sustentou não saber os motivos de ter sido conduzido à delegacia”.
Na denúncia contra o homem, o MP considerou duas qualificadoras: recurso que dificultou a defesa da vítima e uso de meio insidioso – ou seja, o crime foi feito sem que a vítima percebesse.
A defesa de Pelegrin entrou com pedido de habeas corpus pedindo a liberação dele por ser dependente químico. Informando ainda que ele seria levado para uma clinica de tratamento.
A Justiça negou e o homem continua preso preventivamente na Cadeia Pública de Curitiba.
Ameaças
Segundo o Boletim de Ocorrência (B.O), funcionários que realizavam a limpeza foram ameaçados pelo suspeito antes dele fazer o corte da corda.
“O mesmo havia dito que iria cortar todas as cordas de todos os funcionários, caso não se retirassem”, afirma o documento.
Uma testemunha afirmou à polícia que estava no telhado e viu Pelegrin afirmar que “estava de saco cheio”. Ainda segundo a testemunha, ele “deu” 10 minutos para os prestadores de serviço “sumirem” do local antes de cortar a corda.
Fonte: https://g1.globo.com/