As aves viviam no local antes da construção dos apartamentos e eram atração no Bairro São Francisco
Corujas que conviviam tranquilamente com moradores do condomínio Rio da Prata, no Bairro São Francisco, em Campo Grande, foram encontradas mortas na manhã deste sábado (6). Como eram atração do condomínio, o sumiço delas por muitos dias já indicava que algo poderia ter acontecido.
Ao ir até o ninho procurá-las, o zelador do local sentiu um cheiro forte e encontrou o buraco tampado por garrafas pet. Ele acha possível que tenham morrido asfixiadas ou então desnutridas e desidratadas, por não terem conseguido sair de lá.
“Uma crueldade o que fizeram. Colocaram a garrafa na ‘boca’ da toca e elas não conseguiram sair”, se indigna o funcionário. Ele não sabe dizer ao certo quantas corujas morreram, mas acredita que seja entre duas e quatro.
Moradora que não quis se identificar disse que “o condomínio inteiro está revoltado” e que estão se mobilizando para descobrir quem colocou as garrafas. A vizinhança não tem suspeitos.
Câmeras – As imagens gravadas pelas câmeras de segurança estão sendo recuperadas para serem levadas até a Decat (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista) de Campo Grande, informou ao zelador. “Estamos tentando também colocar uma câmera dentro do buraco, para saber se tem outras aves lá e o que mais pode ter lá dentro”, completou Mário.
Chegaram antes – As aves ocupavam o terreno antes da construção do condomínio, conta ainda o zelador, Mário Samuel. Assim, era como se elas “pertencessem” aos moradores.
“Desde a compra do terreno até a construção, num buraco na grama do condomínio viviam duas corujas e seus dois filhotes, a coisa mais linda que não fazia nada a ninguém, só queriam viver”, relata.
Crime ambiental – Provocar a morte de animais silvestres, como a coruja, é crime ambienta. Quem o pratica poderá incorrer pena de detenção de seis meses a um ano, e multa.
Fonte: https://www.campograndenews.com.br/