Aumento no número de animais de estimação altera dinâmica do mercado imobiliário
O estudo mapeou 3,7 mil casas e apartamentos disponibilizados para aluguel e com anúncios ativos no site da imobiliária no mês de abril deste ano. Entre eles, 2,6 mil informam que os proprietários aceitam animais de estimação dos possíveis inquilinos.
“Se, no passado, quem tinha cachorro, gato ou outro animal de estimação encontrava restrições na hora de alugar um imóvel, essa realidade vem mudando. Cada vez mais pessoas convivem com pets, e observamos que no geral os proprietários de imóveis estão mais flexíveis”, diz Raphael Sylvester, diretor de Estratégia da Lello Imóveis.
Sylvester conta que alguns são mais receosos e, inicialmente, pedem para informar nos anúncios que aceitam pets. Mas acabam cedendo no momento da negociação.
Hoje, o Brasil não tem uma contagem oficial de quantos cães e gatos têm no País, mas institutos e associações do setor pet realizam contagem para amparar o setor. Segundo o Censo Pet IPB, levantamento anual da população de animais de estimação realizado pelo Instituto Pet Brasil, o país encerrou 2021 com 149,6 milhões de animais de estimação, um aumento de 3,7% sobre os 144,3 milhões do ano anterior.
O Brasil é o terceiro país em número de animais domésticos. Considerando uma população de 215 milhões de brasileiros, a estimativa é que uma fatia em torno de 70% da população tenha um pet em casa.
Casas ou apartamentos?
As casas, normalmente mais espaçosas, são as que mais aceitam animais domésticos: 74% delas permite que os inquilinos tenham pets. Nos apartamentos, a porcentagem também é alta: 70,6%. Vale lembrar que os apartamentos representam 88% do total de imóveis residenciais anunciados na Lello.
O levantamento também mapeou a aceitação de animais de estimação nas diferentes regiões da cidade. A região mais “pet friendly” da cidade é a central, com 72,6% de imóveis para aluguel que aceitam pets. Na sequência, Zonas Leste e Oeste tem índice de aceitação de 71%. Na Zona Sul, são 70%, enquanto na Norte, 69%.
Fonte: https://exame.com/