Instituições têm diferentes taxas e modalidades de financiamento e processo requer muitos documentos e avaliação bem pensada.
Mais da metade dos brasileiros que querem comprar um imóvel planejam fazer isso por meio de financiamento imobiliário, segundo uma pesquisa realizada pelo QuintoAndar em parceria com o Datafolha.
Mas esse compromisso tem um valor alto, demora muitos anos e compromete, em média, 27% da renda familiar no país, segundo os dados do levantamento. Por isso, planejamento e pesquisa são muito importantes.
O que envolve o processo de financiamento?
Quando uma pessoa decide financiar, ela precisa passar por uma análise de crédito. Para isso, precisa apresentar uma série de documentos:
- RG;
- CPF;
- Comprovante de residência;
- Declaração do Imposto de Renda;
- Comprovante de estado civil;
- Comprovante de renda ;
- Extrato do FGTS, caso seja utilizado.
A pessoa precisa ter mais de 18 anos ou ser emancipada; não ter pendências com a Receita Federal ou a Previdência Social; não ter restrição de crédito (nome sujo). Além disso, é ideal que o valor mensal do financiamento não ultrapasse 30% da renda.
Depois disso, ocorre a análise jurídica tanto do cliente quanto do imóvel. Dá pra verificar a situação legal do imóvel no Cartório de Registro de Imóveis onde ele foi matriculado. De lá, sairá a Certidão de Ônus Reais, documento que descreve as principais pendências financeiras da propriedade.
Se estiver tudo certo, o comprador pode assinar o contrato, que deverá ser registrado em cartório.
Como saber se é um bom negócio?
Essa é uma avaliação pessoal e não existe resposta certa, mas há algumas dicas. “É necessário reavaliar as finanças antes de seguir com a compra. Faça uma reserva para gastos inesperados, e se possível, um ‘test-drive’ para verificar se o seu orçamento realmente suporta os custos do financiamento, dos gastos de obra e reforma, condomínio, IPTU e outros, além das suas despesas atuais”, indica Jonas Marchetti, diretor de Crédito do QuintoAndar.
Além do planejamento financeiro, o momento familiar, o tempo em que o comprador pretende morar no imóvel e o estilo de vida devem ser levados em consideração, pondera Marchetti.
Quais taxas devem ser pagas na compra de um imóvel?
Além do valor do imóvel em si, o comprador precisa se preparar para arcar com gastos extras durante a compra. Impostos e despesas cartorárias giram em torno de 4% a 8% do valor. São elas:
- Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI);
- Registro de imóvel;
- Avaliação bancária.
Como escolher a instituição financeira?
A escolha da instituição financeira também é muito importante, orienta Marchetti. A taxa de juros vai ser individualizada, de acordo com o perfil do cliente e do financiamento. No entanto, é possível comparar as taxas mínimas de alguns bancos para o crédito imobiliário:
- Caixa: a partir de 8% ao ano + TR (taxa referencial)
- Caixa: 2,80% ao ano + remuneração da poupança + TR
- Itaú: a partir de 9,50% ao ano + TR
- Itaú: 3,45% ao ano + rendimento da poupança
- Santander: a partir de 9,49% ao ano +TR
Fonte: https://g1.globo.com/