Tem um ditado popular que bem exemplifica um tipo muito comum de dificuldade encontrada em condomínios residenciais: “Em busca do ótimo, tem gente que deixa de fazer o bom”.
Em recente palestra que ministrei para síndicos, ficou claro que grande parte deles não consegue implementar bom nível de segurança condominial nos prédios que administram. A conclusão é uma só: muita discussão e bate-boca e pouca efetividade.
É por demais importante ter um Raio X geral das vulnerabilidades do condomínio e em seguida encontrar as melhores soluções em segurança. Mas a roda da efetividade, ou seja, a implantação começa a travar, basicamente, por dois motivos:
1) Discussão e polêmica quanto a detalhes secundários em detrimento das prioridades
2) Intenção de implementação total e imediata dos itens planejados sem devido suporte de planejamento financeiro.
Imagine a seguinte situação: O condomínio nunca deu importância à segurança, sempre priorizou outras áreas. De repente, o problema da insegurança surge e com isso o alvoroço é geral. Moradores cobram do administrador imediatas melhorias na segurança. O problema é que a pressa e a ansiedade são inimigas da racionalidade. Qualquer tipo de implantação deve respeitar uma série de fases e respeitar o fluxo de caixa:
1) Contratação de analista de risco para realizar levantamento de todas as vulnerabilidades e falhas no edifício e com base nisso criar soluções de segurança adequadas ao local
2) Discussão do trabalho com o corpo diretivo para estabelecer, em razão das peculiaridades do condomínio, os itens com chance de aprovação em assembleia e os que gerariam polêmicas infindáveis e portanto devem ser postergados
3) O próximo passo é buscar orçamentos com empresas que apresentem condições técnicas de prestar serviço de qualidade e manutenção ativa, preventiva e corretiva, quando se fizer necessário
4) Realização de Assembleia com moradores para explanação técnica do projeto de segurança realizado e esclarecimento de todas as dúvidas
5) Apresentação do rol de prioridades nas diversas etapas de implantação
6) Apresentação dos orçamentos
7) Votação.