Demandas da faixa-etária são diversas, desde a melhor organização dos espaços de lazer até sugestões para ornamentar as varandas dos prédios em datas comemorativas.
Agora, ela vai participar das reuniões de condomínio e levar para os adultos algumas queixas e sugestões dos pequenos. Ana também disse que já tem ideias para discutir no próximo encontro com os moradores.
“Queremos comemorar o Halloween, Dias das Crianças, Natal… Propor competição para quem enfeita a melhor varanda, entre outras ideias”, disse.
O mandato de Ana vai durar três meses. Após este período, outra criança ou adolescente vai ser eleito para participar da administração do condomínio. Já tem pessoas interessadas, como Beatriz de Almeida, de 15 anos.
“Quero sugerir ideias, dar conselhos, ajudar mesmo”, disse a adolescente.
Mãe da síndica mirim, Fernanda Schunk disse que o projeto contribui para a construção de um senso de responsabilidade nas crianças e nos adolescentes, que também vão aprender sobre política e responsabilidade ao participarem ativamente das decisões do condomínio.
“Isso estimula outras crianças a participarem. Neste momento, pós-pandemia, isso é muito válido. Ela está abrindo mão de outras coisas que ela poderia participar de forma individual para participar deste projeto”, disse.
Sindicato apoia iniciativa
Questionado sobre o assunto, o presidente do Sindicato Patronal de Condomínio e de Empresas Administradoras de Condomínios do Espírito Santo (Sipces), Gedaias Freire da Costa, disse a iniciativa é fundamental para criar um diálogo entre crianças, adolescentes e jovens.
“Eleger síndico mirins é uma oportunidade de trazer demandas desse público para o síndico. Além disso, é fundamental para que eles criem um senso de respeito pelas áreas comuns, como quadras, piscinas, parquinhos, entre outras”, disse Gedaias.
O presidente explicou ainda que a prática é permitida, além de ser saudável em todo condomínio grande, que são aqueles com muitas áreas comuns.
“O sindicato apoia essa iniciativa. O síndico mirim consegue discutir sobre as regras de uso das áreas comuns em uma linguagem mais apropriada com os demais colegas. Por mais que os pais tentem definir regras para os filhos, nada melhor do que eles mesmo amadurecerem e definir algumas de uso comum”, acrescentou.
Fonte: https://g1.globo.com/